quarta-feira, dezembro 17, 2008

O ano está chegando ao final...
Olhamos para trás e vemos... vemos? O que vemos? Não há nada para ver. Os dias se foram sucedendo, um seguindo ao outro que depois foi ultrapassado pelo seguinte.
Assim, é fácil fazer um balanço do ano que quase passou.
Como diria Alberto Caeiro, "Não há nada mais simples./ Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte./Entre uma e outra todos os dias são meus"...

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Manoel de Oliveira faz hoje 100 anos.
Com sonhos e projetos.
Filmando.
Descobri que sou mais velho que ele...

sexta-feira, outubro 10, 2008

Deolinda.
É mesmo assim.
Esta é a minha última descoberta na música portuguesa. Não é o nome de uma cantora. Este, é o nome de um grupo.
Não é fácil googlar Deolinda e ir logo ao seu encontro.
Mais facilmente se encontra Olinda...
O melhor mesmo talvez seja ir pelo youtube e buscar Deolinda.
Ou, então, pesquisar por Fon-fon-fon.
A não perder.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Manoel de Oliveira. Cineasta. Celebra agora o centenário de seu nascimento. Vivo. Tem sonhos e projectos para novos filmes.
Oscar Niemeyer. Arquiteto. Já celebrou o centenário de seu nascimento. Vivo. Tem sonhos e projectos para novas obras.
Ainda não cheguei a meio do caminho que eles percorreram. E me sinto muito mais velho que eles...

sábado, junho 14, 2008

"TOMÁMOS A VILA DEPOIS DE UM INTENSO BOMBARDEAMENTO

A criança loura
Jaz no meio da rua.
Tem as tripas de fora
E por uma corda sua
Um comboio que ignora.

A cara está um feixe
De sangue e de nada.
Luz um pequeno peixe -
Dos que boiam nas banheiras -
À beira da estrada.

Cai sobre a estrada o escuro,
Longe, ainda uma luz doura
A criação do futuro...

E o da criança loura?"

Quem terá escrito este poema? Um soldado? Um jornalista de guerra? Um poeta, apenas?
Quando? Onde? Iraque? Afeganistão? Bósnia?

O Poeta o escreveu. Sem heterónimos. Sem máscaras. Sem sombras.
Fernando "A Máscara" Pessoa. Pessoa que é "persona". Persona que é "máscara".
Por nascer em 13 de Junho, também Antonio. Fernando António Nogueira Pessoa. Que ontem celebrou os seus 120 anos.

Possam as suas palavras permanecer, enquanto existir quem as recorde.

segunda-feira, junho 09, 2008

Lentamente, os jacarandás (não é um nome bonito?) vão cobrindo os passeios com as suas flores. E o calor parece que chegou. Mas quando o sol se vai, convém ter algo mais para não sentir o frio.
Próximo dia 13 é dia de Santo Antônio. De Lisboa, claro. E também é o aniversário de Fernando Pessoa. Celebram-se os 120 anos do seu nascimento ali, no Largo de São Carlos. E desta vez ainda teremos a Feira do Livro para, em memória do dia, ir passear entre as palavras...

sábado, maio 24, 2008

Ah! Isto é bom. Maio ainda não acabou e já estou a postar novamente.
Os jacarandás em Lisboa ainda iluminam a cidade cinzenta. É certo que muitas flores já estão sobre o empedrado dos passeios e sobre o alcatrão das ruas, como um tapete de flores para passar a Procissão do Senhor dos Passos, mas continuam bonitos.
Este Maio tem sido muito cinzento, muito chuvoso. Estamos com um clima tão bom como o de Bruxelas.
E continuando a falar de Bruxelas, quando lá estive senti mais calor que aquele que hoje se sente aqui.
Falava eu das minhas descobertas bruxelenses...
Pois descobri que tem lojas, que estas abrem, que as pessoas vão às compras, que existem vendedores ambulantes.
Os melhores chocolates de Bruxelas, ao que dizem, são da casa Leónidas, que tem várias lojas. Mas que encerram às 18:30. Mesmo! Um minuto mais tarde e pronto, têm de se ir comprar noutro lado.
Músicos de rua também tem.
E pubs. Com música ao vivo. E para beber cerveja, a Bélgica tem muita oferta. Com diferentes sabores e teores alcoólicos.
Eu vi, e a zona estava muito animada naquela sexta à noite, mas parece que realmente a zona mais animada é a St. Catherine.
(Ui, abri agora a janela da sala. Chove. E o vento é frio...)

sábado, maio 17, 2008

Continuando com Bruxelas.
Desta vez, fiquei ali pelo Mercado das Ervas, onde existe uma fonte com repuxo e que, encostado à dita, tem a estátua de um indivíduo, sentado, com uns grandes bigodes.
Daí, dessa praça, descobri que saía a Rue Madeleine. Estreitinha, tens umas lojinhas pequeninas especialmente dedicadas a temas mais ou menos esotéricos... Depois, virando para a direita, chegamos à Grand Place.
Continuando a descer, chegamos à Ópera e, para a direita, estamos na Brouckere, para a esquerda, na Anspach (não sei se a grafia está correta...)
Aqui bem perto, na Anspach, uma das minhas lojas de eleição: Brüsell. Essencialmente dedicada a manga e histórias em quadrinhos. Com muitos posters e postais.

quarta-feira, maio 14, 2008

Fiz minhas pazes com Bruxelas.
Corri o risco de ter chegado a um país e poder sair de outro diferente. Isto porque no parlamento, de maioria flamenga, estar à discussão um diploma legal onde se pretenderia impedir, na região de Bruxelas, o o voto dos francófonos em partidos francófonos. Se bem me apercebi, o PM pôs um pouco de água na fervura e deu dois meses para ser estudado o assunto, antes que aquele reino estoire.
Aquele reino inventado em era pós-napoleônica, divide-se em três partes: norte (Flandres), de maioria flamenga, onde se fala o neerlandês; sul (Valónia), de maioria francesa, onde se fala o francês, e a região de Bruxelas, onde se falam as duas línguas.
Para os franceses, os belgas são personagens de anedota. Como exemplo, num submarino, sabe-se qual é o belga porque é o único que leva pára-quedas.
Mas não é disto que quero falar.
Como nas minhas primeiras idas a Bruxelas eu chegava à cidade sempre depois do comércio ter encerrado e depois saía direto para o avião, limitava-me a ver montras iluminadas e ruas vazias, com um ou outro pedinte e vários sem-abrigo. Como sítio animado, via poucos indícios.
(continuará)

domingo, maio 04, 2008

Continuo sem nada para dizer.
Mas mesmo assim vou escrevendo.
Hoje vi jacarandás em flor. E é bonito.
Ainda não estão no seu esplendor, mas é bonito ver árvores que, despidas de folhas, só tronco e ramos, de repente começam a se pintar de roxo...

quinta-feira, maio 01, 2008

Estou passando aqui de novo.
É o que dá ter amnésia: nem sempre lembramos as coisas boas.
E uma das coisas boas é poder escrever. Outra, é poder escrever aqui. E outra ainda saber que há amigos que lêem o que escrevemos. Sejam bobagens ou textos de alta erudição.
Vários foram os momentos em que abri o template para escrever, mas depois desligava. Não que não tivesse nada para escrever. Por exemplo, agora não tenho nada para escrever e escrevo na mesma. Mas dava mesmo um bloqueio.
Pensei em ir pondo aqui poemas (não meus, claro), apenas para ir mantendo o contato, mas nem isso.
Ah. Lembrei. Ia buscar músicas em blogs e perdia a hora.
Hoje, como estou com um probleminha com a minha unidade de memória externa, resolvi escrever.
E estou escutando Antônio Carlos Jobim enquanto escrevo.
"Chega de Saudade". Apropriado.