sexta-feira, setembro 28, 2007

Estou agora escutando o último trabalho do Jorge Palma, de seu nome "Voo Nocturno".
Jorge Palma é um verdadeiro “cantador” de estórias.
E é espantoso como as coisas banais de todos os dias se podem transformar em algo tão gostoso de escutar. A vida se torna em algo que merece ser vivida, com prazer.
São estórias de encontros e desencontros. São imagens em palavras. Polaroids do cotidiano.
E se sente a vontade de Amar, assim, com A grande.
A Ericeira já acabou, o Verão já passou (mas ainda sobrou um pouco de calor), a rotina vai regressando.
Hoje (re)descobri este poema de Fernando Pessoa:

"MARINHA

Ditosos a quem acena
Um lenço de despedida!
São felizes: têm pena...
Eu sofro sem pena a vida.

Doo-me até onde penso,
E a dor é já de pensar,
Órfão de um sonho suspenso
Pela maré a vazar...

E sobe até mim, já farto
De improfícuas agonias,
No cais de onde nunca parto,
A maresia dos dias."

Este poema dói...