quarta-feira, maio 14, 2008

Fiz minhas pazes com Bruxelas.
Corri o risco de ter chegado a um país e poder sair de outro diferente. Isto porque no parlamento, de maioria flamenga, estar à discussão um diploma legal onde se pretenderia impedir, na região de Bruxelas, o o voto dos francófonos em partidos francófonos. Se bem me apercebi, o PM pôs um pouco de água na fervura e deu dois meses para ser estudado o assunto, antes que aquele reino estoire.
Aquele reino inventado em era pós-napoleônica, divide-se em três partes: norte (Flandres), de maioria flamenga, onde se fala o neerlandês; sul (Valónia), de maioria francesa, onde se fala o francês, e a região de Bruxelas, onde se falam as duas línguas.
Para os franceses, os belgas são personagens de anedota. Como exemplo, num submarino, sabe-se qual é o belga porque é o único que leva pára-quedas.
Mas não é disto que quero falar.
Como nas minhas primeiras idas a Bruxelas eu chegava à cidade sempre depois do comércio ter encerrado e depois saía direto para o avião, limitava-me a ver montras iluminadas e ruas vazias, com um ou outro pedinte e vários sem-abrigo. Como sítio animado, via poucos indícios.
(continuará)

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