Meia-idadismo
O meu tema de hoje surgiu meio por acaso. Comentei com um amigo meu um texto que havia lido e que ele desconhecia. Pois bem, o texto é de Edson Athayde e a crônica que ele escreveu tem o título que coloquei: "Meia-idadismo".
Mas antes, quem é Edson Athayde? Brasileiro, ou melhor, nascido no Brasil, vivendo em Portugal há doze anos, publicitário, mantém uma crônica semanal num dos suplementos de sábado de um diário de referência aqui de Portugal. O jornal é o Diário de Notícias e o suplemento (ótimo suplemento!) é o DNa (é, se escreve assim mesmo). Como título geral de suas crônicas deu o nome de "Os trintões".
Esta semana, a questão era a meia-idade. Quando chegamos à meia-idade? Passo agora a palavra ao Edson:
"(...) Para facilitar o auto-reconhecimento do seu meia-idadismo, reuni uma série de indicações (...) que permite que você descubra se está naquele ponto da estrada em que ainda não vê o fim da linha mas que já não dá para voltar para trás. Portanto, você é uma pessoa de meia-idade quando:
- Em vez de ir escondido dos pais ao concerto dos Rolling Stones, passa primeiro na casa deles para deixar as crianças
- Homem: presta mais atenção a uma mulher quando ela fala, do que quando anda
- Mulher: consegue se divertir mais ao lado de um homem que debaixo dele
- Consegue passar horas na cama com a sua parceira só a conversar
- Relê os clássicos e descobre que eles não eram tão chatos assim
- A maioria dos telefonemas que recebe em casa são para os seus filhos
- Tem mais cabelos na toalha que na cabeça
- Troca a cerveja por um bom vinho
- Dá preferência aos vinhos tintos por causa dos flavonóides
- E o pior: sabe o que são os tais flavonóides
- Assistiu à chegada do homem à Lua
- Já fez sexo sem camisinha sem ter medo de apanhar AIDS
- Para as mulheres: a única maneira de alguém pedir para você fazer um topless é quando vai fazer uma mamografia
- Para os homens: a memória começa a ir embora e a única coisa que ainda consegue reter com facilidade é água"
A lista é ainda mais longa, mas creio que dá pra ter uma idéia sobre se você já chegou ou não à sua meia-idade... E acho que regressarei aos textos do Edson noutras ocasiões.
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