sábado, novembro 01, 2003

Plágio



O texto que se segue é um plágio. E isto porque desconheço o autor da estória. Recebi por e-mail como um reenvio, daqueles mails que vão saltando de caixa do correio em caixa do correio e que numa hora podem cobrir todo o planeta... Leiam primeiro a estória e falamos da moral da mesma no final:

"Havia um cego sentado na calçada, com um boné a seus pés e um pedaço de
madeira que, escrito com giz branco, dizia:
"Por favor, ajude-me, sou cego"
Um publicitário que passava em frente a ele parou e viu umas poucas moedas
no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu
outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi
embora.Pela tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia
esmola. Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu
as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele quem reescreveu seu cartaz,
sobretudo querendo saber o que havia colocado. O publicitário respondeu:
"Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras".
Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube, mas seu novo cartaz
dizia:
"Hoje é Primavera, e não posso vê-la".
Mudemos a estratégia quando não nos acontece alguma coisa."

Afinal, o que aconteceu a quem? Bem, este publicitário só em estória mesmo, porque aparentemente saiu sem tirar vantagem. Eventualmente, seu ego deve ter ficado bem maior porque sua frase deu sucesso. O cego, bem, ele ganhou mas sem saber como. Se chover e o giz se apagar, continuará escrevendo simplesmente que é cego. E já vimos que isso é pouco lucrativo. Pensando naquela estória chinesa, lhe deram o peixe mas se esqueceram de o ensinar a pescar.

Será que afinal que a moral está realmente na mudança da estratégia? Acho que sim, mas nem sempre nós a conseguimos enxergar. E os amigos servem, também, para fazer luz sobre o que deve ser mudado. Mas é minha conclusão é diferente: o importante, é dar poesia aos outros. E não estou falando no sentido de ofertar poemas. Estou me referindo a ver e a fazer ver com os olhos do coração.

Ou será que não é nada disto que estou escrevendo e entendi tudo errado?

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