Alguém aí?
Enquanto este país vê as vitórias da seleção, e nos dias seguintes revê esses mesmos jogos (eu cada vez admiro mais o Felipão, pela capacidade que ele tem de acreditar e de levar os outros a acreditar junto com ele...), o Governo deste país vai mexendo.
Ainda não entendi muito bem o que se está passando.
Recapitulando.
Dia 13, tivémos as eleições para o Parlamento Europeu. A coligação que sustenta este Governo obteve menos votos que o maior partido dessa mesma coligação havia obtido nas anteriores.
(Mas ao que parece, todos os partidos que estão no governo, por essa Europa fora, enfrentaram o mesmo problema).
Depois disso, foi aprovada uma Constituição para a Europa.
Entretanto, é necessário um Presidente para a Comissão Europeia.
Nunca anteriormente referido, eis que surge o nome de Durão Barroso, Primeiro Ministro deste país, como elegível para o cargo. Porquê? Não pelas suas qualidades, mas sim pelas suas não-qualidades! Qualquer juízo de valor é subjetivo, mas parece que ele é o menos mau dos possíveis. Havendo rivalidades antigas dentro deste continente, um português neste cargo parece ser uma solução suficientemente inócua para agradar a alguns e não desagradar aos restantes.
Para Durão Barroso, se aceitar (já aceitou? ainda não entendi direito...) é a fuga de um governo problema: sem soluções mágicas para a situação criada a 13, e com necessidade de mexer nos seus ministros para dar a ilusão de viabilidade ao seu projeto, larga a situação sem se queimar. E como este povo tem a memória curta, daqui a uns anos pode regressar com uma imagem ainda "limpa".
E agora, o que vai acontecer?
Bem, o que parece mesmo é que vamos ter de derrotar a Holanda para chegarmos à final...