quarta-feira, julho 30, 2003

Més Catalunya


Ou seja, mais Catalunha. Desde já aviso que não tentarei ser imparcial. Quando se gosta, se gosta mesmo...
Não falarei de toda a Catalunha, claro. E isto porque não conheço toda a Catalunha. Fico por Barcelona e dou uma passadinha por Montserrat (a Montanha Mágica).

Alguém leu o Veríssimo deste domingo? O tabaco é o mote. Claro que vai mais além, mas por coincidência também o é para um cronista do "Avui" (palavra que quer dizer hoje) J. J. Navarro Arisa. (O "Avui" é um diário barcelonês). Para se aperceberem de como é o catalão escrito, aqui vai uma pequena transcrição [o mote são as mensagens de perigo que estão cada vez maiores nos maços de cigarros...]:
"(...) A un altre nivell, estrictament personal i subjetiu, la mesura em desplau i em desagrada profundament. Em nego en rodó a anar pel món amb un paquetet que diu en lletres molt grans que me matarà, me farà partir del cor, perjudicarà el fetus si em quedo prenyat, me reduirà el flux espermàtic i em depararà no només l'oprobi social, sinó una lenta, llarga i bruta agonia seguida d'una mort sòrdida. (...) A més de desagradable, em sembla injust. Si no vaig errat, ningú proposa pintar els cotxes amb grans lletres que diguin "la conducció mata", "els accidents i les imprudències al volant provoquen milers de morts i mutilats" o coses per l'estil (...)."
Que tal?Deu pra entender alguma coisa? O cronista acaba concluindo que vai passar a usar cigarreira, seja de artesanato seja artigo de joalheria, só para não ter que suportar as mensagens...

Em Barcelona, faz-se uma coisa única no Mundo: ramblear. E ramblear é passear nas Ramblas. Na prática, é uma longa avenida, que sobe desde o mar (Rambla de Mar) até à Avenida Diagonal (Rambla Catalunya). A Avenida (ou Avinguda) Diagonal divide, diagonalmente, o L'Eixample em direito e esquerdo e corta a cidade no sentido leste-oeste. Mas tudo isto são alguns quilômetros, de modo que ramblear mesmo é nas Ramblas junto à zona medieval da cidade e que parte da Plaça de Catalunya em direção ao mar. Logo no início, junto à Praça, existe uma grande fonte, de ferro fundido e torneiras em bronze (espero não estar a trocar os metais...), a que dão o nome de Font des Canaletes. Diz a tradição que, quem beber dessa água, regressa a Barcelona. Eu, sempre que vou ramblear, bebo dessa água. O sabor é meio metálico mas, só para ter a justificação para o meu regresso àquela cidade, é como se fosse "champagne"...

Como tá ficando tarde (quase quatro da manhã e o despertador toca às oito...), interrompo agora para depois contar o que se vê pelas Ramblas...

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